Eu sou resistente quanto à filmes brasileiros, para dizer a verdade nem gosto, porque a temática é sempre a mesma, violência, pobreza e prostituição. Mas ontem eu resolvi dar um crédito ao cinema brasileiro e fui assistir ao filme sobre Chico Xavier. Achei razoável, esperava muito mais. Existem momentos de emoção mas não vai além disso. Eu sei que a grandeza da vida desse homem não cabe em um filme, que precisaria pelo menos uns três filmes para tangenciá-la. Mas descobrir que os que produziram e dirigiram o filme, não acreditaram no sucesso dele, e não foram fiéis à realidade daquela vida, foi uma grande decepção. Eu nunca vi um filme espírita não mostrar os espíritos! Mostraram alguma coisa, mas com muita ressalva, pois não tinham como escapar. Emmanuel e a mãe do Chico foram os contemplados, mas só isso. Nos momentos da aparição da mãe, não havia indícios, para o leigo, que ela era morta, a não ser o túmulo. Quando ela se retirava desses encontros sempre tinha algo para encobrir a sua saída.
Imaginem! Num país que se diz católico mostrar o espiritismo! Mas o filme era sobre alguém que passou a vida se relacionando com os espíritos, por que não ser fiel a isso? Todos aqueles que conhecem um pouquinho da vida desse homem sabem das vivências dele com os espíritos, afinal ele é conhecido justamente por isso.As pessoas que desfrutaram da sua convivência, contam que já no final da vida, ele perguntava às pessoas se elas eram encarnada ou desencarnada, isso é fato.
Imaginem! Num país que se diz católico mostrar o espiritismo! Mas o filme era sobre alguém que passou a vida se relacionando com os espíritos, por que não ser fiel a isso? Todos aqueles que conhecem um pouquinho da vida desse homem sabem das vivências dele com os espíritos, afinal ele é conhecido justamente por isso.As pessoas que desfrutaram da sua convivência, contam que já no final da vida, ele perguntava às pessoas se elas eram encarnada ou desencarnada, isso é fato.
O filme, Sexto sentido, foi muito mais coerente com sua temática, ousou e mostrou a que se propôs. E nós? Como sempre ficamos sobre o muro. Que pena! Que não acreditaram no sucesso do filme e não tiveram coragem de mostrar as experiências do Chico com os espíritos, sobre todas as nuances. Mas fazer um filme com essa abordagem demanda coragem acima de tudo, e poucos a tem. Agora falar de um homem que passou a vida vendo espíritos e não mostrar isso, foi uma grande covardia. Mas quem sabe ainda, alguém tenha a coragem e a ousadia de mostrar a vida desse homem como ela realmente foi; envolvida o tempo todo com os espíritos, vendo-os a todo momento, orientando-os e recebendo deles orientações. Talvez tenham ficado em cima do muro para não ferir o olhar de um povo num país que se diz católico, mas não o é. Não precisamos ser católicos, protestantes, evangélicos, precisamos sim, ser CRISTÃOS, como o Chico o foi, exemplificando através da sua vida os ensinamento do CRISTO. Mas Valeu! Como diria Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"
7 comentários:
Laís minha amiga,
Como sempre você arrasa em suas postagens com sua sensatez, sua sensibilidade e seus palavras sempre tão coerentes.
Infelizmente, essa questão de ficar em cima do muro é algo que peremia não apenas o cinema nacional mas faz parte do cotidiano do brasileiro. Falta coragem para assumir as coisas, como você bem disse.Não é de bom tom desagradar a essa ou aquela corrente religiosa pois isso pode deixar de dar retorno financeiro.
Tiva a mesma sensação, o mesmo sentimento de decepção quando assisti Olga e vi apenas um romance "água com açucar" sendo que a vida dessa mulher foi muito mais do que isso.
Bjo
Yoyo
Oi Laís, vim retribuir sua visita. Seja muito benvinda ao meu blog! Concordo com vc apesar de não ser religiosa...os brasileiros são craques em se omitir e ficar em cima do muro....se colocar, ter opinião e mostrá-la, nesse país é quase pecado, pois a ninguém interessa a verdade.
Beijinho
Vou discordar do seu comentário.
Gostei do filme, achei comovente, e acho que antes de mais nada cinema é entretenimento, não vejo a necessidade de ser muito fiel a realidade, quando o diretor não está fazendo um documentário.
O cinema é uma industria que tem que ter lucro para sobreviver. E como o resto do Brasil,o cinema brasileiro sofre pela falta de verbas, pelos desmandos etc.
Tenho muita simpatia pelo cinema brasileiro, quanto ao retrato que ele faz da nossa sociedade é meio feio, meio amargo, meio triste mesmo ver um país pobre, esvaziado em seus princípios, mas é assim que somos!
Roseli minha querida, jamais deixaria de publicar seu comentário só porque discordou do que penso. São nas diferenças que aprendemos e nos tornamos melhores. Seja sempre bem vinda
bjs Lais
Glorinha adoro meu país, mas às vezes desejo que o muro acabe caindo na cabeça de muita gente. Daí quem sabe aprende.rsrs
bjs Lais
Vim agradecer sua visita e seu comentário, muito obrigada!
Quanto ao seu post tb vou discordar, mas como vc disse acima, são nas diferenças que aprendemos e melhoramos, esse é o barato da vida. Virei seguidora. Beijos!
Oi !!!
Lindo blog, textos coerentes!
Ainda não vi o filme. Eu me identifico e acredito no espiristismo e acho que realmente seria difícil "ler" a vida de Chico Xavier em um único filme.
Bjos e já estou te seguindo!
Postar um comentário